Estávamos no quartel,
o mesmo amigo de sempre e eu, conversando de pé no alojamento pouco
antes do início do expediente. Divagávamos sobre arte e nossa
condição, o pouco tempo dedicado ao que realmente interessa e as
muitas horas jogadas no lixo...
“Preciso ler Hegel”,
ele disse. “Não aguento mais conhecê-lo só por citações!!”
Poucos dias antes,
lendo Arthur Danto, tive a mesma sensação. Mas é tanta coisa pra
ler (“não vai dar tempo”, como diz a mãe da minha ex-professora
de história da literatura).
Pelo que conseguimos
ler e vivenciar, nossas impressões sobre arte contemporânea
costumam estar em sintonia entre si. Falta saber se elas fazem
sentido.
A conversa ia ganhando
corpo, estávamos em outro lugar que não lá.
Considerações acerca
do desenvolvimento da arte fazíamos
A arte antes da arte,
na era dos manifestos, e agora, depois do seu fim
A história como um fio
a conduzia
O fio se rompeu
pendendo, um fio separa
a arte do que nem arte sabe o que é
Falamos até mesmo de
música
Dissonante atonal
dodecafonia, mesmo sem saber ao certo do que falávamos
Falávamos, pensávamos
Fragmentos de ideias em
espiral
Viajávamos à beça
E concluíamos sem
pressa
Entendamos a arte atual
Sem preconceitos, sem
arcabouço
Mas tocou a corneta
Fizemos careta
E descemos calados rumo
ao calabouço.
***
Hehehe...
Este comentário foi removido pelo autor.
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ResponderExcluirCOÉÉÉ
ResponderExcluirEstou tentando comentar algo, mas pelo celular esta dificil.. rs
Veja esse link abaixo. O autor faz uma breve critica a arte contemporanea e em seguida apresenta um trabalho fantastico...
http://www.ted.com/talks/shea_hembrey_how_i_became_100_artists.html