quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Maldita Corneta!!


Estávamos no quartel, o mesmo amigo de sempre e eu, conversando de pé no alojamento pouco antes do início do expediente. Divagávamos sobre arte e nossa condição, o pouco tempo dedicado ao que realmente interessa e as muitas horas jogadas no lixo...
“Preciso ler Hegel”, ele disse. “Não aguento mais conhecê-lo só por citações!!”
Poucos dias antes, lendo Arthur Danto, tive a mesma sensação. Mas é tanta coisa pra ler (“não vai dar tempo”, como diz a mãe da minha ex-professora de história da literatura).
Pelo que conseguimos ler e vivenciar, nossas impressões sobre arte contemporânea costumam estar em sintonia entre si. Falta saber se elas fazem sentido.
A conversa ia ganhando corpo, estávamos em outro lugar que não lá.

Considerações acerca do desenvolvimento da arte fazíamos
A arte antes da arte, na era dos manifestos, e agora, depois do seu fim
A história como um fio a conduzia
O fio se rompeu
pendendo, um fio separa a arte do que nem arte sabe o que é
Falamos até mesmo de música
Dissonante atonal dodecafonia, mesmo sem saber ao certo do que falávamos
Falávamos, pensávamos

Fragmentos de ideias em espiral
Viajávamos à beça
E concluíamos sem pressa
Entendamos a arte atual
Sem preconceitos, sem arcabouço
Mas tocou a corneta
Fizemos careta
E descemos calados rumo ao calabouço.

***

Hehehe...

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. COÉÉÉ

    Estou tentando comentar algo, mas pelo celular esta dificil.. rs
    Veja esse link abaixo. O autor faz uma breve critica a arte contemporanea e em seguida apresenta um trabalho fantastico...
    http://www.ted.com/talks/shea_hembrey_how_i_became_100_artists.html

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