Quando se
deparar com uma obra de arte estranha, aparentemente mal-feita, em suma que não
lhe agrade, não questione se é arte. Não adianta... Se foi um artista que fez,
se está em uma galeria, museu, qualquer órgão validador do sistema das artes...
é arte e ponto final.
Agora... não
receie dizer “eu não gostei!” ... é um direito seu. Isso não vai lhe
desqualificar. Também não desqualifica o artista ou a obra. Já dizia Duchamp
que arte ruim ainda é arte.
O gosto pode não
ser o melhor instrumento de avaliação de uma obra de arte, mas é o primeiro.
Mesmo que pareça superficial, ele é o primeiro contato. O tocar a pele é
superficial, mas o quanto pode dizer, e fazer sentir?
Por exemplo, quando
um galerista ou um colecionador elege um artista para apoiar, pode ter certeza
que, pelo menos, três fatores (para além das qualidades artísticas inegáveis e
blábláblá!!) são extremamente relevantes: amizade ou parentesco (famosa peixada), especulação do mercado e,
finalmente, O Gosto!
Uma obra pode
ser incrível. Mas se o colecionador não gostar, só vai comprar se achar que no
futuro vai render alguma coisa. Repito: o primeiro instrumento de avaliação é o
gosto.
O que você pode
fazer é se aprofundar e pesquisar o artista e a obra, você pode se surpreender
positivamente e sair ganhando. Ou pode pesquisar e confirmar a suspeita
inicial.
Você pode se
aprofundar, é verdade. Mas não tem a menor obrigação, a não ser que seja um
estudioso da área. Você pode simplesmente torcer o nariz e procurar a próxima.
Tem tanta coisa por aí... talvez, aquela não fosse o seu estilo preferido
mesmo.
Não me refiro a
obras contemporâneas somente, isso vale até para aquelas já pertencentes ao “cânone
sagrado das artes”. Se você não gosta do Van Gogh... perfeito! É melhor dizer :
“Eu não gosto!” do que fingir gostar (por mais que soe absurdo dizer que não
gosta de Van Gogh).
Por outro lado,
o mesmo Duchamp disse que gosto é questão de repetição. Talvez você não goste
de alguma coisa, simplesmente, por não estar habituado a ela.
Insista nas
visitações a exposições, concertos, salas de cinema, peças teatrais... se
quiser mesmo um contato com as artes (o que eu recomendo fortemente!) absorva o
que for de seu interesse e abaixo a hipocrisia!
Eu não gosto do Mondrian nem do Picasso.
ResponderExcluiriauhiauhaiuahiauha
Estou ansioso para ver quais autores consagrados serão esculhambados neste post...rs
uahahahhaha!!! Muito bom!!!
ExcluirUma vez um prof. meu disse: nunca fale mal de um clássico, vc não vai conseguir queimar shakespeare e vai acabar se queimando!
ResponderExcluirHeheheee...
Acho q isso acontece bastante no mundo das artes, mas eu acho q é essa pow##@ q o Alex disse mesmo... não gostou, bate no peito e fala: meu filho, isso é mais estranho q o cu da gia e muito mais feio q um hipopótamo insone! Hiahahahaa
hahhaha... Mas, lembrando que não gostar de um clássico não irá queimá-lo. E que falar "eu não gosto" não é o mesmo que dizer que a obra é ruim. Gosto é um instrumento pessoal de avaliação! Para desqualificar uma obra é preciso ter argumentos para isso.
ResponderExcluirPoxa san esculhamba alguém ai senão eu vou ser eleito o sem noção do blog..rs
ResponderExcluirOlha... eu não gosto de apelação. Mutilações, maltratar animais, tipo o cachorro que morre de fome, de Guillermo Habacuc, ou o coelho fosforescente do Eduardo Kac ,que se não for mau trato, acredito que não passe de um experimento científico. Não gosto quando o artista quer aparecer mais que a obra, pura e simplesmente.
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